De acordo com as correntes defensoras do seu uso religioso e ritualístico, a Ayahuasca não é um alucinógeno e sim enteógeno (gr. en- = dentro/interno, -theo- = deus/divindade, -genos = gerador), ou seja "gerador da divindade interna".
A Ayahuasca é uma bebida basicamente composta de duas plantas nativas da floresta amazônica: o cipó Banisteriopsis caapi (caapi ou douradinho), que serve como IMAO e folhas do arbusto Psychotria viridis (chacrona) que contém o princípio ativo demetiltriptamina. A Ayahuasca é também conhecida como por yagé, caapi, nixi honi xuma, hoasca, vegetal, Santo Daime, kahi, natema, pindé, dápa, mihi, vinho da alma, professor dos professores, pequena morte, entre outros. Sua utilização está associada a práticas religiosas pelas tribos inicialmente amazônicas e posteriormente sua utilização foi disseminada pelo Brasil.
Seu uso segundo as linhas tradicionais, pode provocar a absorção do "Espírito da Planta". Ao fazermos uma entrevistas com usuários observamos a descrição de outras sensações tais como: ter seus sentidos expandidos onde os processos mentais e as suas emoções tornam-se mais profundos, onde pode-se revelar visões notáveis e conseqüentemente experiências de renovação e de renascimento, visões também arquetípicas de animais, de espíritos elementais, de cenas de vida passada, de divindades, etc. À Ayahuasca atribui-se a cura de males físicos, psicológicos, mentais e espirituais. Aqui no Brasil, podemos encontrar a Ayahuasca não só nos aldeamentos indígenas, mas também em outros movimentos religiosos organizados tais como: Santo Daime, A Barquinha, Natureza Divina e a União do Vegetal.
Esclarecimentos sobre a sua Legalização:
• Após 18 anos de estudos, o CONAD (Conselho Nacional Antidrogas) do BRASIL, retirou a ayahuasca da lista de drogas alucinógenas conforme portaria publicada no Diário Oficial da União em 10/11/2004.
• A Suprema Corte dos EUA decidiu (em 20/02/2006) que o governo estadunidense não pode impedir a filial da União do Vegetal no Estado do Novo México de utilizar o chá ayahuasca em seus rituais religiosos. O veredicto atesta que o grupo religioso está protegido pelo Religious Freedom Restoration Act, aprovado pelo congresso em 1993, e que foi peça jurídica fundamental no processo que legalizou o uso ritual do cacto peiote (cujo princípio ativo é a mescalina) pela Native American Church — congregação que reúne descendentes de algumas etnias indígenas norte-americanas.
• A ONU emitiu um parecer favorável recomendando a flexibilização das leis em todos os países do mundo no que se refere à ayahuasca.
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